CidadES ResilientES

Em tempos recentes, o planeta experimenta um aumento acelerado das temperaturas, com intensificação dos extremos climáticos como ondas de calor, chuvas intensas e secas prolongadas. As projeções indicam continuidade desse aquecimento, sendo provável ultrapassar os 2 °C ainda neste século, mesmo com esforços de mitigação. Assim, estratégias integradas de mitigação e adaptação são essenciais para lidar com os impactos atuais e futuros.

No Brasil, as mudanças climáticas afetam especialmente o ciclo hidrológico, aumentando eventos extremos e intensificando o estresse hídrico em regiões críticas como o Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Isso prejudica o abastecimento humano, a agricultura e a geração de energia hidrelétrica. A crescente demanda por água gera competição entre usos múltiplos, exigindo governança hídrica mais eficaz e integrada.

No Espírito Santo, as projeções indicam elevação expressiva das temperaturas e redução significativa nas chuvas, principalmente na bacia do rio Doce, comprometendo seriamente a agricultura, que representa uma parcela importante da economia estadual. Culturas como café conilon, banana e mamão enfrentam risco de redução de produtividade e qualidade, podendo exigir migração das lavouras para áreas de maior altitude.

Essas mudanças climáticas ampliam os riscos de desastres naturais, incluindo inundações, secas severas e deslizamentos, especialmente em áreas urbanas vulneráveis. Associados à desigualdade social, ocupação desordenada e infraestrutura precária, esses eventos potencializam prejuízos econômicos e sociais significativos. Desde 1995, o Brasil acumula bilhões em prejuízos econômicos por eventos climáticos extremos, destacando-se estiagens e inundações, evidenciando a urgência em políticas públicas integradas para adaptação e redução de vulnerabilidades.

Nesse contexto, os Planos Municipais de Redução de Riscos (PMRR) têm papel crucial na identificação e mitigação de riscos imediatos, enquanto os Planos de Adaptação às Mudanças Climáticas (PAMC) oferecem uma visão prospectiva das ameaças futuras. No entanto, ainda falta uma integração sistemática entre essas abordagens. Este estudo propõe justamente essa convergência metodológica, articulando as projeções climáticas com as ações concretas dos PMRR, visando aumentar a resiliência dos municípios e fortalecer sua capacidade de gestão de riscos climáticos.

Para informações mais detalhadas, acesse a página do projeto: www.impactoclima.ufes.br/cidadesresilientes

 

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