Carlos Nobre foi eleito membro na Royal Society do Reino Unido

O climatologista brasileiro Carlos Nobre foi eleito membro estrangeiro na Royal Society, a academia de ciência mais antiga  ainda em atividade no mundo, que iniciou as atividades em 1660, e tem as atividades sediadas em Londres, no Reino Unido. Segundo a revista exame, Carlos Nobre é o 1º cientista brasileiro na Royal Society desde Pedro II.

A nomeação na Royal Society, a academia de ciência mais antiga  ainda em atividade no mundo, é concedido após décadas de dedicação de Carlos Nobre aos estudos de clima e Amazônia. Membros da Royal Society devem ter feito contribuições substanciais ao conhecimento de áreas do saber. Na turma de 2022 da Royal Society, Nobre tem a companhia de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), agraciado como "fellow" horonário.

Carlos Nobre é pesquisador associado ao IEC-ES (Instituto de Estudos Climáticos do Universidade Federal do Espírito Santo) e ao IEA-USP (Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo) trabalha há décadas com pesquisas focadas em clima e Amazônia.

Também entre os eleitos em 2022 está o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, nomeado honorário em reconhecimento a uma carreira notável que beneficiou a saúde em todo o mundo, segundo informações da academia.

"Ao longo de suas carreiras até agora, esses pesquisadores ajudaram a aprofundar nossa compreensão das doenças humanas, da perda de biodiversidade e das origens do universo. Também estou satisfeito em ver tantos novos bolsistas trabalhando em áreas que provavelmente terão impacto transformador em nossa sociedade ao longo deste século, desde novos materiais e tecnologias de energia até biologia sintética e inteligência artificial. Estou ansioso para ver as grandes coisas que alcançarão nos próximos anos", afirmou Sir Adrian Smith, presidente da Royal Society, em comunicado divulgado pela sociedade. De acordo com a Royal Society:

"Carlos Nobre joins as a Foreign Member; he is recognised for his work on biosphere-atmosphere interactions and the climate impacts of Amazon deforestation and his leadership of programmes that have shaped Brazilian science."

Nobre acredita que sua eleição como membro da Royal Society também sinaliza um reconhecimento da importância que a ciência tem de reconduzir o Brasil para caminhos de sustentabilidade. "Não que estejamos vencendo esta guerra; está muito difícil. Mas é o papel da ciência, de expor todos os riscos que corremos com o desaparecimento das florestas, dos biomas brasileiros, com o aumento dos extremos climáticos e das queimadas. Tudo isso temos alertado, por décadas", afirmou.

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