Programação
O Ciclo de Palestras do IEC tem por objetivo disseminar o conhecimento acerca das mudanças climáticas em diversas áreas do conhecimento tanto em escala global como regional. São convidados pesquisadores de diferentes instituições de pesquisa com a finalidade de compartilhar seus estudos, percepções e experiências em diferentes temas científicos impactados pelas mudanças climáticas. Nessa página também serão divulgadas as palestras de pesquisadores do IEC em eventos científicos.
Projeções de Mudanças Climáticas para o Espírito Santo
Data | Hora | Palestrante | Tema | Link |
11 de Agosto de 2021 | 14:00 | Wagner R. Soares | Projeções de Mudanças Climáticas para o Espírito Santo | Live no YOUTUBE |
Resumo Projeções de Mudanças Climáticas para o Espírito Santo Wagner R. Soares (IEC-ES) Com a finalidade de reduzir maiores riscos e impactos das mudanças climáticas o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) com base em milhares de publicações científicas, vem sinalizando que o combate ao aquecimento global requer o atingimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris de 2015 em manter o aquecimento do planeta abaixo de 2°C e mais ambiciosamente abaixo de 1,5°C. A temperatura média global observada à superfície devido à ação humana já subiu cerca de 1,1°C e torna-se um enorme e urgente desafio a ser enfrentado do nível global ao local. De fato, no Espírito Santo, observações mostram aquecimento em torno de 1°C. Nesta palestra serão avaliadas as observações e projeções de clima além dos impactos de eventos climáticos extremos observados e projetados para o estado do Espírito Santo a partir de diferentes cenários de mudanças climáticas. Palavras-Chave: Cenários climáticos, Eventos Extremos, Desastras Naturais Wagner R. Soares - é pesquisador do Instituto de Estudos Climáticos do Espírito Santo (IEC-ES), possuindo graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Pelotas (1995), mestrado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1998) e doutorado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2008). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia, atuando principalmente nos seguintes temas: eventos climáticos e hidrológicos extremos na Amazônia, mudanças climáticas, modelagem climática, jato de baixo nível e transporte de umidade, Vulnerabilidades setoriais e avaliação de impactos de cenários climáticos. |
Data | Hora | Palestrante | Tema | Link |
08 de Dezembro de 2020 |
15:00 |
Prof. Roberto Schaeffer Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE-UFRJ |
Mudanças Climáticas e Energia |
Duração : 40 minutos + 10 minutos para perguntas
Live no Canal do IEC no YOUTUBE
https://youtu.be/yc5tx-19f7w
Resumo Mudanças Climáticas e Energia Roberto Schaeffer Universidade Federal do Rio de Janeiro Energia e Novas Tecnologias: Como a Análise de Sistemas Pode Ajudar o Brasil Achar seu Caminho em um Mundo 1,5-2,0 Graus mais Quente"? O objetivo da palestra será mostrar que apenas uma análise integrada da economia brasileira é capaz de indicar os caminhos de menor custo para o país cumprir metas ambiciosas de mitigação das mudanças climáticas compatíveis com o Acordo de Paris. Esta análise integrada inclui os setores de uso da terra, resíduos, indústria (emissões de processo) e energia (setor energético, transportes, edificações e consumo de energia na indústria). Os resultados a serem explorados mostram que as alternativas tecnológicas para um Brasil compatível com um mundo 1,5 graus mais quente ao final deste século são significativamente distintas daquelas que seriam suficientes para um Brasil compatível com um mundo 2,0 graus mais quente. Isto indica que o nível de ambição climática do Brasil precisa ser decidido agora, e não ao longo do tempo, na medida em que mudanças de curso ao longo da trajetória de desenvolvimento do país não obrigatoriamente serão possíveis. Palavras-Chave: Mitigação, Acordo de París, Energia, Uso da Terra, Mudanças Climáticas Roberto Schaeffer - Professor Titular de Economia da Energia do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, com cerca de 140 dissertações de mestrado/teses de doutorado orientadas. Pesquisador Nível I A do CNPq. Realizou pós-doutorado na University of Pennsylvania, e trabalhou como Professor Visitante e Professor Palestrante naquela mesma instituição (Center for Energy and the Environment e The Joseph H. Lauder Institute for Management and International Studies, da School of Arts and Sciences e da Wharton School, respectivamente, em 1991-92). Possui Ph.D. em Política Energética pela University of Pennsylvania (1990). Atua em ensino, pesquisa e extensão nas áreas de planejamento energético e de mudanças climáticas. Desde 1998 colabora com o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC) das Nações Unidas. Em 2012 recebeu os prêmios Greenvana Greenbest 2012 na categoria Personalidade do Ano, e o Prêmio COPPE Giulio Massarani Mérito Acadêmico 2011. Em 2014 recebeu o prêmio Menção Honrosa Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade Edição 2013, e em 2015 o Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade Edição 2015, ambos pela co-orientação de teses de doutorado. Foi co-recipiente, junto com outros cientistas, do Prêmio Nobel da Paz 2007, pelas contribuições de pesquisa do IPCC. Atuou como "Kleinman Center for Energy Policy Visiting Scholar" da University of Pennsylvania em 12-16 de setembro de 2016. Possui maisde 250 publicações científicas, das quais cerca de 140 artigos publicados em periódicos científicos internacionais, incluindo-se revistas de alto fator de impacto como Nature, Nature Climate Change, Nature Communications, Nature Energy e Science. |
Para divulgação da palestra
https://youtu.be/yc5tx-19f7w
17 de Novembro de 2020
13:30
Wesley de Souza Campos Correa
Universidade Federal do Espírito Santo
Ilha de calor em regiões de clima tropical
Duração : 30 minutos + 10 minutos para perguntas
Live no Canal do IEC no YOUTUBE
https://youtu.be/1YycSCyYVME
Resumo Ilha de calor em regiões de clima tropical Wesley de Souza Campos Correa Universidade Federal do Espírito Santo Nos últimos anos, o crescimento populacional mais explosivo ocorreu em países em desenvolvimento, muitos dos quais estão localizados em regiões tropicais (23,5 ° S – 23,5 ° N) e subtropicais (23,5–35 ° S e 23,5–35 ° N) e próximos a área costeiras. A urbanização nessas regiões trouxe uma série de problemas ambientais em várias escalas. À medida que as cidades se expandem, fica cada vez mais claro que os impactos ambientais não se limitam apenas à pegada real de um lugar, mas podem de fato ocorrer em níveis regionais e globais. As cidades produzem seu próprio microclima, mas estão conectadas aos climas regionais e globais por meio da química dos efeitos atmosféricos no balanço de radiação e nas emissões de gases de efeito estufa. Mudanças no uso e cobertura do solo causadas por atividades antropogênicas alteram substancialmente as propriedades aerodinâmicas, radiativas, térmicas e de umidade da área urbana quando comparada ao ambiente natural. Toda essa modificação que faz com que o ambiente urbano experimente, temperaturas mais elevadas, em comparação com as áreas rurais adjacentes, é conhecida como ilha de calor urbana (ICU). O ICU é um índice que expressa a diferença de temperatura do ar entre as áreas urbana e rural, sendo o ar mais quente nas áreas urbanas devido à presença de estruturas artificiais. Entretanto, mudanças no comportamento entre a ICU em cidades de clima tropical e cidades localizadas em regiões de clima temperado, tem sido apresentado em várias pesquisas. Por exemplo, as maiores intensidades da ICU em cidades de clima tropical, são observados no verão e primavera, enquanto em regiões de clima tropical, no outono e no inverno. Outro ponto importante é o horário. Nas cidades tropicais, a ilha de calor é mais intensa durante o dia, enquanto em cidades temperadas, durante a noite. Um comportamento que chama a atenção dos pesquisadores nas cidades tropicais são as ilhas de calor negativa, quando o campo é mais quente que a cidade. Inserido nesse contexto, de cidade litorânea e em região tropical, a Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), é a área mais industrializada e urbanizada do estado do Espírito Santo. Todo esse processo, tem acarretado mudanças na circulação atmosférica local, como a formação e intensificação da ilha de calor urbana (ICU). Palavras-Chave: ilha de calor urbana, uso e cobertura da terra, Região metropolitana da Grande Vitória, circulação atmosférica, brisa marítima. Wesley Corea - Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2011), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2014) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2020). Atualmente é professor - Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo e Pesquisador do Instituto de Estudos Climáticos (IEC/ES). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia, variabilidade climática, meteorologia sinótica, climatologia urbana, interpolação de dados, sensoriamento remoto (campo termal), modelagem matemática da atmosfera, series temporais, Geografia Física e meio ambiente. |
Para divulgação da palestra
09 de Outubro de 2020
09:00
Wagner Soares
IEC/UFES
Sofrer é inevitável, permanecer inerte é uma escolha: o impacto das mudanças climáticas
Evento: 12ª edição da Semana de Biologia da UFES de Vitória.
Live no Youtube
Duração : 40 minutos + 10 minutos para perguntas
Resumo Sofrer é inevitável, permanecer inerte é uma escolha: o impacto das mudanças climáticas Wagner Soares Universidade Federal do Espírito Santo A mudança climática global é um tema amplamente debatido principalmente durante as duas últimas décadas. Sendo o ODS 13 da Agenda 2030 da ONU e foco de diversos estudos científicos e relatórios direcionados para tomadores de decisão como aqueles elaborados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), vem sinalizando que o combate ao Aquecimento Global requer o atingimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris de 2015 de manter o aquecimento abaixo de 2°C e mais ambiciosamente abaixo de 1,5°C com a finalidade de reduzir maiores riscos e impactos. Nesta apresentação são mostradas que as atividades humanas são uma força com magnitude geológica global que devido a “grande aceleração” influencia na alteração climática impactando setores como: Desastres Naturais, Eventos Extremos, Agricultura, Nível do Mar, Saúde Humana, Biodiversidade entre outros. Palavras-Chave: Mudanças Climáticas, impactos, saúde Humana, Desastres Naturais, Eventos Extremos, Nível do Mar, Biodiversidade. Wagner Soares - É Meteorologista pela Universidade Federal de Pelotas-UFPEL, Doutor em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE. A mais de 15 anos vem desenvolvendo pesquisa sobre as Mudanças Climáticas, Modelagem do Clima e Eventos Climáticos Extremos e na Avaliação de Impactos de cenários climáticos futuros no Brasil. Atualmente faz pós-doutorado na área de Mudanças Climáticas, atua como pesquisador e professor da disciplina Mudanças Climáticas da PPGEA na UFES . |
Data | Hora | Palestrante | Tema | Link |
07de Outubro de 2020 |
15:00 |
Ingrid Tonon Miranda Universidade Nova de Lisboa |
Resiliência a Inundações em Meio Urbano Frente às Alterações Climáticas |
Live no GloogleMeet |
Duração : 30 minutos + 10 minutos para perguntas
Resumo Resiliência a inundações em meio urbano frente às alterações climáticas Ingrid Tonon Miranda Universidade Nova de Lisboa A complexidade das grandes cidades com elevado crescimento e a urbanização sem o devido planejamento, conjugadas com os efeitos das Alterações Climáticas, podem resultar em transtornos ambientais e socioeconômicos, como por exemplo as Inundações Urbanas. Esses eventos constituem uma preocupação relevante na sociedade, interagindo com aspetos físicos, sociais e ambientais. Atualmente, o fenômeno tornou-se mais intenso e severo com o agravamento de precipitações intensas, localização de grandes cidades na faixa costeira com interface com o mar, além de Sistemas de Drenagem defasados. Muitas ações vêm sendo desenvolvidas no âmbito da resiliência urbana, com vista a mitigar os inconvenientes para a sociedade frente a distúrbios, como os decorrentes de inundações. Neste contexto, surge a vantagem de dispor de ferramentas quantitativas, baseadas em indicadores, para avaliação da resiliência em meio urbano. Assim, foi proposta uma metodologia replicável, para o cálculo do Índice de Resiliência Urbana face às inundações, baseado em diversos indicadores e apontam-se as principais intervenções urbanas que podem ser tomadas para aumentar a Resiliência Urbana em cenário de alterações climáticas. A metodologia foi aplicada ao caso de estudo da bacia de Bento Ferreira da cidade de Vitória, capital do estado de Espírito Santo, Brasil. Para a avaliação da resiliência, teve-se em especial atenção as interdependências entre serviços e os efeitos em cascata. Os resultados obtidos demonstram a aplicabilidade da metodologia desenvolvida, sendo que se considera que o índice de resiliência urbana pode constituir um instrumento útil para a avaliação de resiliência da cidade, e fornecer orientações para melhorias a nível estrutural e não-estrutural, favorecendo a gestão urbana face a eventos extremos de precipitação. Palavras-Chave: Alterações Climáticas, Índice de Resiliência Urbana, Inundações Urbanas, Resiliência e Sistema de Drenagem. Ingrid Tonon Miranda - Cursa o Doutoramento em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável na Universidade Nova de Lisboa. Possui diplomas de Estudos Avançados em Geografia Física com ênfase em Dinâmica Fluvial e Sistema de Informação Geográfica e de Estudos Avançados em Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Lisboa. Possui Graduação em Tecnologia em Saneamento Ambiental pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (2008) e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo (2010). Ministrou por quatro anos diversas disciplinas em cursos técnicos em meio ambiente. Possui habilidades e experiência nos tópicos: Ambiente, Geoprocessamento, Alterações Climáticas, Desenvolvimentos Sustentável, Resiliência e Inundações Urbanas. |